Arnaldo Brandão, "Off Flip"_poe Matrix 3.0, 2016 |
Arnaldo Brandão I
(MÚSICA)
(MÚSICA)
leis,
leis
o
que é que são leis
quando
todos roubam
dos
que nada têm
prostitutas
gozam com quem paga bem
amém
todos
dizem amém
mau,
mau
ni
nguém é tão mau
o
tédio é o que torna a violência banal
toda
a impunidade no pais do carnaval
amém
todos
dizem amém
vai,
vai,
o
tempo se vai
leva
pro futuro o que anda atrás
amanhã
a guerra nos trará a paz
amém
todos
dizem amém
plim,
plim,
a
tv faz plim-plim
mitos
decadentes vão chegando ao fim
eu
não sei direito o que fazer de mim
amém
todos
dizem amém
perdão
não
quer perdoar
fantasmas
sabem xxxx
mas
não falam mais
todo
mundo esquece
do
que foi capaz
amém
todos
dizem amém
dói,
dói
falando
que dói
toda
a liberdade
para
o bom algoz
quando
é a tortura
nunca
houve herói
amém
todos
dizem amém
bom,
bom
ninguém
é tão bom
o
inferno ta cheio
bla
bla bla
deus
e o diabo nesse mundo cão
amém
todos
dizem amém
Arnaldo Brandão II
Arnaldo Brandão II
na ousadia
dos canalhas
na saída
cheia de magoas
a tirania
o seu exercito
de imaculados
pra esquerda
e pra direita
o inferno
são os outros
todos retos
todos certos
tudo cool
e o céu cuspindo fogo
e nas cinzas desse inverno
o que brilha no paraíso
é a brasa do inferno
não falo mais
mal do governo
agora eu sou
mpb
pra viver
me enquadrei
na lei rouanet
convocaram
a militância
pra brigar
com a classe média
que a professora
lá da usp
diz que é uma merda
eu não sei
mais de nada
e desconfio
de quase tudo
eu entrei
nessa festa
pelos fundos
e o céu cuspindo fogo
e nas cinzas desse inverno
o que brilha no paraíso
é pau
é pedra
é o fim
de um caminho
e o resto
de um povo
tão sozinho
e o céu cuspindo fogo
e nas cinzas desse inverno
o que brilha no paraíso
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